Não creio que as autoridades, os especialistas, os acadêmicos e as pessoas ligadas à cultura, à arte e à história, alguma vez tiveram dúvidas sobre a importância desta igreja, que Deus, por Sua decisão paradigmática, inspirou Stéfano Vassiliadis e foi erigida nesta cidade de Lins.
Hoje, a quatro anos do que estava acontecendo no relatado na MEMÓRIA DE PANAGHYA TSAMBIKA postada por João Antunes, incansável colaborador desta missão, podemos dizer com segurança absoluta, que um projeto se modela na prática de uma forma diferente do que em uma escrivaninha.
Mas a prática revela o nunca imaginado em uma escrivaninha.
Não há prova mais irrefutável que a realidade em si mesma, e foram quatro anos de trabalho árduo para estes servidores. No entanto, sabemos que existem três forças imbatíveis capazes de mover montanhas: A FÉ, A VONTADE E O AMOR.
Pela graça de Deus, temos estas três forças e cremos que, nestes anos, temos dado testemunho disto. Cremos firmemente que Deus nos trouxe para Lins, como uma vez, trouxe o Comendador Stéfano Vassiliadis para que deixasse esta obra para a cidade, e como ele mesmo disse “às almas cristãs”.
Cremos que também nós fomos trazidos para restaurar e concluir esta obra magnífica por uma vontade superior que não provém das decisões humanas. Para realizar esta missão tem sido necessário também amar muito, e não apenas nosso trabalho artístico criativo, mas amar este templo e sua comunidade como se fossem nossa própria casa e formassem parte de nossa própria família, muito além de qualquer dever ou responsabilidade que significasse que tivéssemos de colocar o melhor de nós mesmos e com grande determinação, para que os ventos (que tem sido muitos e tem soprado de todos os lados) não debilitassem nossa vontade.
Nem a imaginação mais fértil poderia ter imaginado as proporções que foram tomando esta missão à medida que avançávamos, mas já aprendemos a pressentir seu alcance, e a cada dia, Deus nos mostra claramente Sua vontade.
Revendo os antigos livros da igreja e os antigos documentos adormecidos durante décadas, vamos perfilando essa história de abandono e depredação, de esquecimento e de indiferença, mas por trás de tudo, temos também essa outra história de refúgio ou abrigo, que seu claustro deu para os mais despossuídos ou necessitados, essas histórias contraditórias que formam sua “grande história”, e é essa “grande história” que nos preparou para resistir, e é ela nos dá, dia a dia, a força necessária.
Grandes coisas se acercam. Deus, sem dúvida, ama a Lins e quer também que esta igreja seja parte do seu povo, porque por seis décadas Ele tem trazido muitas pessoas de outras terras para ampará-la. Resta-nos apenas esperar que “a outra metade” dos habitantes de Lins, assim compreenda. Como um sobrevivente de guerra, a entrada triunfal desta igreja para a história de Nossa Senhora de Tsambika será inevitável. Sua presença em Lins chegou de outras terras, e pessoas de muitas terras virão para vê-la. Amém.