Visita a Metéora – outubro/2015

Metéora (em grego: Μετέωρα, «meio do céu», «suspenso no ar» ou «no céus acima») é um dos maiores e mais importantes complexos de mosteiros do Cristianismo Oriental, superado apenas pelo Monte Atos. Os seis mosteiros foram construídos sobre pilares de rocha de arenito, na região noroeste da planície da Tessália, próximo ao rio Peneu e às montanhas Pindo, na Grécia central.

Cavernas nas proximidades de Metéora foram habitadas continuamente entre 50.000 e 5.000 anos atrás. O mais antigo exemplo conhecido de uma estrutura feita pelo homem é um muro de pedra que bloqueava dois terços da entrada para a caverna de Theopetra, construído há mais de 23.000 anos, provavelmente como uma barreira contra ventos frios – a terra estava experimentando uma idade de gelo na época – e muitos artefatos do Paleolítico e Neolítico foram encontrados dentro das cavernas.

No séc. IX, um grupo ascético dos monges eremitas subiu para os pináculos antigos; eles foram os primeiros povos a habitar Metéora desde o Neolítico. Viviam em cavidades e fissuras nas torres de rocha, algumas tão altas quanto 550 m acima da planície. Esta grande altura, combinada com a forma íngreme das paredes do penhasco, mantinha todos os visitantes afastados. Inicialmente, os eremitas levaram uma vida de solidão, encontrando-se apenas aos domingos e dias especiais para adoração e oração em uma capela construída no sopé de uma pedra conhecida como Dhoupiani.

A data exata do estabelecimento dos mosteiros é desconhecida. Pelo final do séc. XI e início do séc. XII, formou-se um estado monástico rudimentar centrado à volta da igreja da Theotokos (“Mãe de Deus”, que ainda existe hoje). Pelo final do séc. XII, uma comunidade ascética estava agrupada em Metéora.

O acesso aos mosteiros era originalmente (e deliberadamente) difícil, requerendo o uso ou de longas escadas amarradas umas às outras, ou de grandes redes usadas para içar tanto mercadorias quanto pessoas. Isto exigia um grande esforço de fé – pois as cordas eram substituídas, segundo a história conta, apenas “quando o Senhor as permitia romper”.

Até o séc. XVII, o principal meio de transporte de mercadorias e pessoas era feito por meio de cestos e cordas. Na década de 1920, houve uma melhoria na estrutura. Degraus foram escavados na rocha, tornando o complexo acessível por meio de uma ponte desde o platô próximo.

Foram construídos mais de 20 mosteiros, mas hoje em dia apenas existem 6; os seis mosteiros são: Megálos Metéoros (Grande Meteoro ou Mosteiro da Transfiguração), Varlaam, Ágios Stéphanos (São Estêvão), Ágia Tríada (Santíssima Trindade), São Nicolau Anapausas e Roussanou. Dos seis mosteiros, cinco são masculinos e um é feminino.


 

1º vídeo da visita dos irmãos a Metéora, com transporte aéreo, estadia e despesas custeados pelos familiares, realizada em outubro/2015